domingo, 26 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
poesiacompleta
ainda quero
inteira.
em caixas de
sapato,
envelopes de
papel, ou
gavetas de
madeira.
sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
antimóvel
diminuindo
o tempo social
necessário,
acelerando
o dia e o tempo
das coisas,
barateando
mercadorias,
inclusive
o trabalho,
passam buzinando
pro homem parar.
domingo, 17 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
cíclico
a espera. Reencontrar e
aguardar a hora. Verificar
se está na hora certa. Dar
corda, e esperar o sono.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
nuncaestasemana
esta
semana
o tempo
passou
tão
rápido.
este
milênio
voando
como
nunca
esta
semana.
e o dia
hoje,
parece,
nasceu
de (a)manhã.
domingo, 3 de outubro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
novembro
desconhecidos.
prédios
tão velhos e tão
novos. fachadas.
volto pra casa que
não é minha.
sorrio
pra pessoas
que desconheço.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
verborrazia
por esta
garganta
quero ser
o prazer
do arroto
a digestão
do verbo
a ruptura
dos versos
o sono que
dá no fim
do jantar.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
cartadenãoentregar
pra não entregar.
Palavras sem norte;
Escrevi toda no sul,
em mim.
Sul do coração que
anda gelado; sul do
meu corpo calado,
quase como povo
assolado, que dorme
na lama e sorri.
Um poema curto,
uma carta falha,
um baralho mudo,
uma navalha cega,
um avião em queda,
uma alma à morte.
Carta feita inteira
toda pra ninguém.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
quandoé
agente sabe
quando é.
chega
quieto fica
pulsando
pedindo olhar.
olha e
espreita o gesto.
pede
tenta calar.
Mas não cala.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
vago
tão cheias,
quase desertas.
Homens-folha,
homens-sanduíche,
pessoas-de-papel.
Mortos quase vivos
unhas-de- fome
guarda-chuvas.
Chove e não me
molha. Vago,
Simplesmente.
saudadedotempo
e ficou óbvio que estava mesmo
indo embora. Olhei pra trás e vi
pasmo que todo aquele tempo
já tinha passado. Já, era agora.
Na cama, o lençol desmanchado.
A cadeira no quarto fora de lugar,
cheio de cantos que não tinham.
O lugar quieto me olha. Triste.
As pontes, as ruas, as linhas, olhos,
me olham duros. Quietos amigos e
balas que antes zuniam. Vãos vazios.
Estou com saudade de mim.
De alguém que eu era ontem.
De qualquer coisa que seria amanhã.
trememundo
Terremoto na América Central.
Uma terra de gente que treme.
Tremores de povos, de lutas.
Povos latino americano querem
Um tremor de abalar as estruturas
Do velho mundo.
Rasgar do fundo da terra, com suas
Raízes, toda a mentira do ‘novomundo’.
Somos tão velhos quanto a História,
O novo pulsa em nós e não nas palavras
Que o Velho Mundo nos ensinou.
Tremeremos o subsolo da história,
Toda a infrarealidade:
partiremos o chão da dominação.
Um terremoto no mundo,
Feito a mão.
sábado, 23 de janeiro de 2010
poemaprosa
diminuto.
Brincar com palavras
é brincar com ruídos.
Os que não fazemos,
os que pensamos,
grafamos.
Silêncios escritos.
Em silencio dizemos
com letras o que não
diríamos com barulhos,
conversas, discussões.
Dizemos a alguém
dizendo a nós mesmos
ao escrever. Calados.
A poesia não seria
ditada, nem sem querer;
nem a prosa seria.
Escrever: fazendo
em silencio nada
com palavras.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
poemapoema III
Põe vontade na idéia e
fermenta com palavra
alguma folha. Em papel,
parede, cresce o poema.
Massa de letrinha, não
leva ovo ou leite, nem
farinha, só letra e mão.
Inspiração tempo idéia.
Não assas nem cozinha;
tempera a coisa numa
vasilha fina e espera
olhando, fazer sentido.
Se não fizer, coma.
domingo, 17 de janeiro de 2010
amnéstico
Como se o dia anterior
tivesse sido um sonho,
a realidade me parecia
um negligente fruto da
imaginação.
Espécie de inconsciência,
amnésia, transe, e coma.
Repetição de sensação de
descontrole. O indivíduo:
solidão, medo e vazio.
A culpa. O sono. A dor,
. : . .!
O álcool ainda exala
no corpo, por dentro,
limpando levemente os
restos dos vermes que
a consciência não
me deixa lembrar, e
que ontem passearam
a noite toda comigo.
A memória da cor da sala
tão vaga, dando toda a
densidade que eu buscava
pro sonho. Estava certo de
que era eu que decifrava
cada gesto, que inventava
cada fala naquele lugar.
Achava mesmo que era eu
que sonhava o mundo pra
aquelas pessoas viverem.
Não era. Era uma noite.
Uma Casa. Uma festa.
Dia comum. E cada um
só podia viver a sua vida.
diário
que se ingere
diariamente.
um cancer vazio
que se faz de
saliva engolida
e soluços.
sangue quente
que nasce nas
veias. um sonho
vazio que vaza
pras veias e faz
parar de pulsar.
é um cancer novo
um sonho que mata.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
cinemundolivre
O homem não
Vive só
De política.
Cinema
Mundo Livre.
O mundo não
vive sem
a política.
Cinema
Mundo Livre.
O cinema não
vive sem
a política,
Cinema
Mundo Livre.
O cinema não
vive só
de política
Cinema
Mundo Livre.
A Liberdade
A Política
O Homem
A Cultura
Um cinema
e um mundo,
Livres.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
centro do quarto
Cama no meio do quarto,
o que você sente?
Cama no canto do quarto,
do lado é parede
e o meio do quarto
fica vazio.
Cama no meio do quarto,
e o sono no centro
do meio do quarto.
E o sonho no meio
do canto do quarto
e o lado, parede.
Sonho no meio do quarto.
Sono terceiro no veio
do quarto.
Segundo não veio,
primeiro ou parto,
no canto é parede
no seio do quarto.
E o quinto não tem.