sexta-feira, 29 de abril de 2011

palavra

a palavra
é coletiva,
dispersa.
de você pra
mim pra você.
palavra sai.
palavra não, fica.

loucos

loucura,
conta a
mina que
é uma
loucura.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

insone

acordado
eu sonho
com você

cicatriz

a vida é tão viva.
nem dá tempo
de lamber a ferida.

ruído

lugar no mundo
onde a noite
é tão silente
que o barulha.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

enrugado

qualquer lugar do mundo
de algum modo profundo
guarda a imagem do tempo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

sólidas

tem flores
que nascem
em pedras.

tento

não vou
conseguir
tudo mesmo.

calando

que ouço
no escuro
do quarto?

a cidade
é grande.

barulho
do mundo.

chuvetílica

fora,
chove.
dentro,
pinga.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

anonimato

letras digitais
quase cavernas
onde ficaremos
guardados, pra
sempre anônimos.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

coragem

quando verdade,
mesmo que tarde,
se é, arde.

retratozilhada

olho um retrato
tempo mudado,
penso talvez ter
pego rumo errado.

terça-feira, 5 de abril de 2011

claramanhã

o que foi
o ascenso
daquele
dois mil
e sete ?
onde é que
foi parar
aquele
claramanhã?

escrituras

os papéis
falam por si.
uns rotos,
esmiuçados.
uns limpos,
indecifráveis.

golpe

então não
me defendo
mais. ataca.

presalvorada

poesia!
que é
pro sol
nascer
quadrado.