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uma luta
enorme
e cheia
toma
as ruas
e pontes,
enche
as praças,
as travessas
incendeia.
é contra
os muros
e as lojas
feias que
a pequena
burguesia
chama
shopping
enquanto
nos cerceia.
os descampados
ao ocupar
o campo
enquadravam
novas vistas.
os empossados
desocupando
o campo
enquadravam
falsas pistas.
fora de campo
ao ocuparem
uns cantos
reescreviam
suas linhas.
sem palavras
de
felicidade
silêncio
solidão
cidade
com passos pequenos
de semínimas
compõe-se o firmamento
excesso
é só riso
é resto
tédio
remédio
pra falta
de tudo.
nada
acalma
hora
o outra
explodo
granada
o outro
fogo
d'artifício
nem um só desenho
folha em branco
e o poema prenho
vida
é
dura
e
dura
é
pedra
que
permanece
dura
mesmo que o tempo
invisível
e s f a c e l e
aos
poucos
vira
a r e i a
chão
duro.
estudantes
orgásticos
seus uivos
nem sempre
escutados
irromperam
o silêncio
dos velhos
em seus
palácios
sentados.
o seu gozo
orgiástico
co-rompeu
o hímen
da 'última
filha do lácio'
e fê-los dizer
seu bom
português:
os fodemos,
palhaços.
esses senhores
entre quatro
parede juntados
nos fodem
indecentes
sobre a mesa,
congregados.
e satisfeitos
com o rei-tor
espaçoso,
passam a mão
na nossa bunda
indecorosos.
gritando
nos expulsam
porta a fora
por que
o templo
do saber
não será
o império
do gozo.
sóque a lascívia
empedernida
dos jovens
se debate
em sala
aberta,
goza o novo
e aos trancos
bérra.
sem vergonha,
trepados uns
nos outros
construimos
o andaime novo
e gozamos
todos juntos
ao lutar.
o nosso uivo
tosco e rouco
incomoda
a velha sala
acomodada,
silenciosa,
só lhes resta
expulsar-nos,
o imoral
defenestrar.
à vós, tarados,
urgentes,
com essa
vontade
exitosa,
é preciso
animar a
plebe toda
na novidade
a trepar,
sem medo
de errar.
aos velhos
senhores,
digam que
aguardem,
o dia dos
expulsos
voltarem
suados
gritando
amontoados:
nós os fodidos
não preservamos
palácios castos.
somos
o que
somos
cromo
somos.
somamos
o que
fomos
cromo
somáticos
desate tudo
desatinada
decifro furo
outra cilada
entender de inflação
não precisa lição
basta viver de salário,
sustentar-se por
um mês, economizar
o não diário sem
qualquer economês.
frequente o mercado
ao menos uma vez
comprando uma dúzia,
pagando por três.
trabalhando sete dias,
ganhando por seis,
adormecendo jejoado,
acordando, talvez.
saber mais
que
fragmento
frac
tais.
parece um
tempo
in tenso
parece ter
que saber
mais.
bom saber-te bem,
sincera saudade
fico bem também.
escrever
o prazer
um lazer
ou labor.
escrever
pra viver
como um
trabalha
dor
a poesia é inevitável
faço porque é fácil
meus versos brotam
palavras minam feito
água matéria prima
insustentável da vida
pra toda estética
uma ética,
articulada poética
frutifico
futurismo
futulivro
frutolivre
fortifico
futilíssima
foto
grama
tica