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sendo feito cimento,
avesso ao poema
o homem sofrimento.
ao mundo resmungo:
de fato retrato
meu ser vagabundo.
no meio da nuvem fria,
um cheiro doce
e uma vontade que ria.
as rosas
estão lindas
no jardim.
lá fora
latem forte
os cães.
haverá
amanhã?
lá onde estica
a corda que
tensiona minha
cabeça aqui
na vida mesmo
nada para
a arte,
diziam por
toda parte.
nada pára
a arte,
o artista
falou.
e a arte,
parou!
contaminou-se por
palavras e teceu
imagens tão feias.
por não ter cortinas
o homem aprendeu a
dormir pouco e passou
a gostar das janelas.
o que sustenta
o insustentável?
o azar e
o acaso,
a criação e
a realidade.