terça-feira, 31 de maio de 2011

barba

cresce
o pelo
na cara.

peço

dá-me,
poema.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

rU Ss O

cons
trut
vism.

Ki nE Ma

dos
fil
mes?
fazê-
los.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

pela metade

manda
email.
meio
que
quero
lê-lo
inteiro.

terça-feira, 24 de maio de 2011

insisto

se a vida
é jogo duro
na ponta da
faca dou murro

segunda-feira, 23 de maio de 2011

o que fica

importante
mesmo é
a poesia
só ela
e tão
só ela.

trilhovagabundo

mais grande
que bonde
o coração
responde
cansado
de mim.

aquela data

que dia
podia
ser?

domingo, 22 de maio de 2011

finito

mar e céu
são formas
infinitas
que acabam.

quatro nós

finge que
sossega.
a sós, cega.
mas só
desassossego.
eu cego, vejo.
desejo.
mas continuo,
reto.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

temporal

aconteceu
que acontecia
o acontecimento
pra que acontecesse
aquela nostalgia.

verso prezo

verso livre
é ver só
desprezo.

ardendo

tenho dito.
se quiser
eu repito.

IMPUBLICÁVEL

poesia
pro poema
ser livre,
não livro.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

cartas

envelope gordo
cheio de poema
louco guardado.

viva

viva a falta
de educação.
o negócio
mal feito.
a pergunta
não respondida.
comida mofada.
louça lavada.
piada perfeita.
e a vontade de
rir.

comecem a sonhar

consciência
faz chorar
e envelhece

futuro imperfeito

eu preciso.
tu vacilas.
ele quer.
nós podemos.
vós temeis.
eles cairão.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

visão

o olho
mira
a mente
vê.

pontuado

reticências do olhar
três pontos
olhar reticente
ponto final.

nossos meses

naquele março
primaveril
não imaginavam
um fevereiro,
sequer outubro.
não suspeitaram
maio em abril.
alguém previu
este janeiro?
não basta
uma data, mês,
anos até, não
nos interessam.
construiremos
por séculos
um calendário
inteiro. novo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

telhado

no telhado
um pombo
no telhado.
um ponto
no telhado
um tombo.
no telhado
um sonho
destelhado.

escapa-me

quanta poesia
desperdiçada
nesta vida
atarefada.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

bobagens

curta ou longa
metragem, quanta
bobagem, alguma
postagem, e uma
puta falta de
sacanagem.

metragem

curta
longa
ou
poema
coisa
na
lousa
mesmo

palmar

palma
lama
alma
ama

mundomudo

silêncio.
silencia
a cidade.

no vento

o vento
esfria
a narina.
esfola
a face.
inverno
lembra
revolução.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

pela tabela

música que
toca na
minha cuca.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

lunático

tendo a lua
como espécie
de utopia.

luar

o céu sonha
por detrás
de paredes.

terça-feira, 3 de maio de 2011

co-memore

nestes vinte
e dois anos,
quais planos?

maio

primeira manhã
fria de maio
tem cheiro
de novo

zenite

sábado
o povo
é feliz.