sexta-feira, 17 de abril de 2015

sal nas veias

a vida pulsa
sempre
este envolvimento
emocional inevitável
um caldo quente
onde estamos imersos
muito acima do pescoço
bem mais fundo que o poço

segunda-feira, 13 de abril de 2015

segunda treze

as minhas veias
estão abertas junto
as de todo o continente
os poetas trabalham calados
apagou-se algo
há um silêncio momentâneo
é o dia seguinte ao arroto
da ressaca de domingo
há idiotas nas praças
segunda feira
um desespero ronda
há calma antes da tempestade
terça, as feiras vazias
quiçá quarta feira rompa

quarta-feira, 8 de abril de 2015

maia

uma cã de sal
parceira imortal
me acompanhará
desde o litoral
até o mar levar

pedras

um amuleto verdadeiro
me defende
do medo de mim mesmo